Ano novo, mochilão novo
- Bruna Ventre

- 11 de jan. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 3 de dez.
Mochilar é um aprendizado constante do que de fato é essencial carregar consigo e, só o tempo ,pra você entender e reduzir a mala.
Quando comecei esse estilo de vida, me achava econômica porque sempre viajava com mala pequena nas férias e nunca fui de comprar muita coisa. Até que na estrada você vai percebendo com os que já fazem isso a mais tempo, que ainda dá pra tirar muito peso das costas.
No meu primeiro mochilão, só de shorts eu tinha uns 10, lembro de uma vez contar pra uma amiga também mochileira e ela ficar chocada, com razão. Hoje tenho 2.
Ele também pesava muito, se me lembro bem tinha uns 18kgs, era difícil ficar levantando do chão, movimentando entre cidades. Aí comecei a desapegar e a colocar em prática o que todo mochileiro faz, deixar coisas pelo caminho, doar em hostels, fazer trocas com amigos de estrada.
Mesmo assim, a última vez que pesei meu antigo mochilão, ele tinha 14kgs, era bem grande, 70 litros, sendo que o ideal de um mochileiro é 40/50 litros.
Até que forçadamente, depois da companhia aérea perder minha mala pra valer, desapeguei de tudo e construí um mochilão do zero. Também, eu não tinha outra alternativa já que a minha mala nunca foi encontrada, mesmo ela tendo uma capa laranja super chamativa.
Foi aí que comecei meu 2023 renovada, porque o sumiço da mala se deu em dezembro pde 2022. Fui então às compras e dessa vez adquirindo só aquilo que sei que realmente vou usar.
Mochilão de 50 litros, 15 peças de roupa somente, nem 10kgs nas costas. A mochila menor de frente que me acompanhava, já nem existe mais. Até o notebook está no mochilão.
Menos coisas, mais recordações.
Me dei conta que de tudo aquilo que eu carregava, o que de fato sinto falta é muito pouco. A placa dos dentes de bruxismo pra dormir, os anéis de família que minha vó me deu e usava sempre, mas por azar, esse dia não os coloquei nos dedos e, os biquínis que nenhum país faz tão bem quanto no Brasil e até hoje não comprei novos. De resto, nada me faz falta, tanto que às vezes fico tentando lembrar o que era tudo aquilo que eu carregava e mal me recordo.
Mais leve, literalmente, mais preenchida do essencial, mais espaço pro novo!




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